domingo, 20 de julho de 2008

DIA DO AMIGO



Meus amigos de verdade me procuram para saber como eu estou ou simplesmente ouvir minha voz. 

Flexibilizam seus gostos porque nos encontrarmos é mais importante do que o passeio. 
Me atendem quando eu preciso ouvir uma voz amiga ou até mesmo para escutar os meus problemas. 
Me chamam para os programas mais divertidos, como também para ajudar com as suas preocupações complicadas. 
Não somos perfeitos, cometemos erros, e muitos, mas sabemos reconhecer e desculpar.
Eles também me fazem chorar, mas um segundo de sorriso ao seu lado vale uma eternidade de lágrimas.
Essa reciprocidade natural cria laços importantes, inquebráveis, que nos fortalece nos momentos mais dolorosos. 
E nos instantes de alegria, registra recordações tão intensas que nos reconforta para a vida toda.
Por isso tudo, são tão poucos e raros, mas existem, e cada um vale o que milhões de pessoas da terra não valerão em toda essa existência.

Saúdo todos com um abraço quente num dia de inverno gelado!

terça-feira, 8 de julho de 2008

Mantis e Clonopsis: Amor Bizarro


Acordei no meio da noite agitado por causa de um pesadelo. Levantei-me da cama e fui até a janela, quando vi uma cena que no mínimo posso descrever como inusitada. Bizarra, impressionante... Muitos outros adjetivos poderiam também ser usados para contaminar o leitor com o impacto das sensações que senti. Parcialmente iluminados por alguns raios da radiante lua cheia, que pareciam romper as folhas da frondosa árvore, estavam lá, explícitos: Uma Mantis religiosa e um Clonopsis gallica. Que diabos é isso? Calma, calma, vou explicar. Mas antes será preciso diferenciá-las para que fique claro que são espécies bem diferentes. A Mantis é o inseto conhecido popularmente como Louva-a-Deus. Com seus braços ágeis e fortes, mantidos estrategicamente junto ao corpo como uma fervorosa beata, são temidas carnívoras, predadoras de outros insetos. Já o Clonopsis é o mestre do disfarce dos insetos, exímio dominador da arte do mimetismo, esta é uma outra espécie que na boca do povo é chamada de Bicho-pau. Um cara magrinho e lento que se torna quase invisível entre gravetos, reproduzindo seus movimentos causados pelo vento. Mas não é que estes dois descarados resolveram transar em frente a minha janela? Tudo bem em se promover a união e se valorizar a diversidade de raças e culturas, “viva a diferença”, como diziam os franceses, mas assim já é demais! Aquela cena era quase como ver a Ivete Sangalo transando com o Dalai Lama.

Bem, mais um tempo observando e minha curiosidade se aguçava. Mantis, a fêmea, movia os quadris na horizontal de forma ligeira, porém graciosa. Clonopsis, por sua vez, se mexia matematicamente devagar, na vertical. E não é que essa aparente combinação de raças e estilos tão diferentes formava um conjunto harmônico perfeito. E pior, seus pequeninos rostos demonstravam o prazer que sentiam naquele momento. É, pasmem, eles tinham uma expressão facial de satisfação. Esfreguei os olhos na tentativa de limpá-los e de perceber que aquilo não estava acontecendo. Você já viu algum inseto com expressão facial? Uma formiga com cara de triste? Ou um mosquito com a “boca” travada de irritação? Acho que é por isso que tantos insetos inspiram os robôs e Ets dos filmes de ficção científica. Mas essa era a realidade. Uma linda verdade de almas gêmeas que unidas pelo amor driblaram a mãe natureza. Essa altura eu já estava delirando mesmo. De repente, lembro-me que as fêmeas do Louva-a-Deus tradicionalmente devoram seus machos após o acasalamento. Percebo que o ato acabara de chegar ao clímax e que a separação de corpos estava iminente. O lerdo Clonopsis começava um movimento de distanciamento. E Mantis se sacode agitada quase que pulando para trás. Em poucos segundos ela posicionava-se como se fosse dar um bote. Mas, surpreendentemente, Clonopsis levanta vôo carregado por uma brisa mais forte que o leva para o que seria, nas proporções dos pequeninos, quase que outro país. Sem perceber que foi salvo por uma força superior parecia sentir uma terrível perda em sua vida.

Essa historinha aparentemente infantil me trouxe ensinamentos sobre relacionamentos, diferenças e coisas que só compreendemos muito tempo depois que acontecem, que carrego até hoje. E também me fez esquecer o sonho que tive neste dia com uma visão macabra diante da minha janela...

Por Vini

P.S.: Participei do concurso do blog Page Not Found (http://oglobo.globo.com/blogs/moreira/) com esta historinha mas meus concorrentes foram mais talentosos, hehehe.

Pequeno Grande poema do Rock'n'Roll


Quem nasce com ele está marcado pro resto da vida. Rock’n’Roooooooll.


Rock’n’Roll é música, é arte, é sacudir o esqueleto.

Rock’n’Roll é o ronco das motocicletas, é grunhido das guitarras e é o grito das tietes.

Rock’n’Roll é estrada, é vento na face, é sair por ai sem destino.

Rock’n’Roll é não ter pra onde ir mas estar sempre bem acompanhado.

Rock’n’Roll é quebrar tabus, é se opor contra as convenções, é forçar as mudanças e a evolução.

Rock’n’Roll é pular e gritar bem alto de felicidade. E esquecer todos seus problemas e do mundo.

Rock’n’Roll são mulheres bonitas tentando ficar feias, mas não conseguindo.

Rock’n’Roll são mulheres feias ficando maravilhosas, e se divertindo.

Rock’n’Roll é abraço no meio da lama, é pular entre quatro paredes, é beijar na chuva.

Rock’n’Roll são olhos pintados sob corpos esfumaçados.

Rock’n’Roll é estresse exorcizado.

Rock’n’Roll é bota de couro e é roupa rasgada.

Rock’n’Roll é Brigitte Bardot numa Harley, com bota de couro, roupa preta e decote. Inesquecíveis.

Rock’n’Roll é bom humor de cara feia.Rock’n’Roll é mano, é brother, é meu rei, é guri.

Rock’n’Roll é negra, é ruiva, é loira e é a morena humilde de Parati.

Rock’n’Roll é animação, é atitude, é virar a noite com os amigos.

Rock’n’Roll é a noite toda, é festa todo dia.

Rock’n’Roll é insinuação, é sensualidade, é exibicionismo, é indiscrição.

Rock’n’Roll é sexo, é amizade, é vida.

Rock’n’Roll é guitarra, baixo, bateria e vocal, com vigor, ao mesmo tempo, explodindo todos os sentidos e levando o corpo e a mente para outra dimensão.

Rock’n’Roll não tem hora, não tem lugar, não tem idade. É pra sempre, no coração e na alma!
Por Vini


Música, dôce música


Para mim a música é a arte mais fantástica que existe. Ela é simplesmente mágica. Pode transformar uma sala escura e vazia nas mais diversas sensações. Seu resultado é imediato e nosso corpo reage instantaneamente, intensamente. O tímido começa a dançar, o agitado pode se acalmar, o irritado passa a se divertir...

Como é bom quando a gente está num ônibus, ou num metrô (em Paris é comum) e entra alguém tocando um instrumento bem tocado! O dia de todas aquelas pessoas fica mais leve, os problemas são esquecidos e aquele ambiente fica com uma energia incrível, uma vibração suave e prazerosa.

'Music sweet music. I wish I could caress'. Adoro essa frase de um dos grandes mestres e gênio nessa arte: Jimi Hendrix.


Por Vini

A Bela da Tarde


A verdadeira Bela da Tarde em perfeita harmonia com o que há de mais lindo na natureza. Quem é não precisa se esforçar pra chamar atenção. Mesmo no sol as estrelas se fazem presentes mas é na escuridão que percebemos o seu brilho.


Por Vini

Sexta Sexy


Amanhã é sexta. Outono, mas a cara do nosso Rio ainda é de verão. Noites quentes, clima de festa, e a cidade transpira o cheiro da sensualidade. A juventude com pouca roupa, música, e as esquinas mau iluminadas só poderiam animar os casais. Hehehe, me sinto um escritor daqueles livros-de-bolso impressos em folhas de jornal. Mas o inquietante é esse grande e verdadeiro artista da atualidade: Mark Kostabi. Adoro! Vocês ainda vão ver muitas obras dele postadas aqui. Obras inspiradas na vida e associadas às imagens que flutuam na minha mente; e que me impulsionam a escrever. A vida inspira a arte que inspira a vida que inspira... A arte? Que pretensão, hehehe.





Por Vini